Produções da oficina


Desenhos e estudos sobre cor

A história da arte está ligada à tecnologia da produção do pigmento e ao desenho. Cor e desenho são instrumentos importantes na expressão do artista e em nossa compreensão sobre ele. Desenhar é contornar, descobrir claro escuro, perceber linhas, limites, luzes e sombras.
O estudo das cores é dinâmico; consiste num fenômeno duplo como o mundo e com si mesmo. É tão subjetivo quanto o olhar.
É importante sentir e agir cor e desenho...
O desenho de observação nos coloca em contato com a realidade.Com ele entendemos as formas, percebemos a matéria e ficamos mais seguros para outras propostas de expressões plásticas.

Formas orgânicas e gestuais.
Esther e Ruan

Na Praça, ar livre...
Mesmo tema, várias expressões...



       .  Postais









       .  Revista Loucos Por Arte - Nº 1


       .  Revista Loucos Por Arte - Nº 2





Obras com referências das épocas Pré-histórica e Primitiva

                                                                                                                               André Gustavo


                                                                                                                     Ruan


Obras com referência da Arte Grega

                                                                                                                                             Ruan


                                                                                                       André Gustavo


Obras com referência da Arte Oriental

                                                                                                        Esther e Ruan


                                                                                                                                André Gustavo


Obras com referência do Art decô

Esther e Ruan - Poster


Obras com referência do Pós-impressionismo

Esther


Obras com referência do Futurismo

Esther: “Fiz um trabalho agitado, de cores quentes. Me baseei nos ritmos eletros e lembrei que o tempo está passando mais rápido, com todos esses avanços tecnológicos...”
Colagem
Ruan: “A notícia é uma máquina hiper rápida. Margem é o limite da velocidade”
Colagem


Esculturas com referência do artista Joan Miró



Esculturas com referência do artista Alexander Calder

Estábiles




Uma análise quase jornalística ...

Veja bem essa obra.
Você pode gostar ou não.
Mas se você é um “ louco por arte”  pode ter um conhecimento maior sobre ela.
Fazendo perguntas sobre a obra, podemos compreender mais o que o artista, com sua expressão quis nos “dizer”.





Quem ?
Essa obra foi feita  por Caravaggio, um pintor italiano que nasceu em 1571 e morreu em 1610. Caravaggio teve uma vida curta e atribulada; era um mestre tanto no pincel, quanto na espada e chegou a ser preso. Foi um homem turbulento, rebelde e artisticamente livre mas sobretudo um inspirador de outros pintores. 

Onde e quando ?
A obra se encontra  na Igreja de São Luis, em Roma e foi feita no período entre 1599 a 1610 aproximadamente. Nessa época o Barroco era um e movimento artístico onde a Igreja se servia da arte para converter, ou manter seus fiéis, através de um forte apelo emocional, convencendo as pessoas de fé  pelas grandiosas e ricas arquiteturas, esculturas e pinturas. Nesse tempo o papado patrocinava a arte em larga escala para fazer de Roma a maior expressão do mundo cristão.

Feito de que ?
Essa obra consiste num afresco de grandes  proporções, 3.15m X 3.15m. O afresco é feito na parede com tinta à base de água sobre argamassa úmida, pintada por partes, consistindo numa técnica difícil. Caravaggio usou cores quentes e sombrias. As cores quentes captam nosso olhar de imediato e seu uso no quadro ilumina a parte mais importante da cena. Esse impacto de cores ora revela ,ora obscurece sugerindo uma plasticidade dramática. Historiadores dizem que Caravaggio não utilizava esboços em suas pinturas, isto é, pintava direto na tela suas obras. 

Sobre o que?
A obra chama-se “Vocação de São Mateus” e segundo historiadores a ação se passa num botequim, um local bem simples, em meio a um jogo e cartas. Jesus aponta o velho e barbudo Mateus, o cobrador de impostos, diante de apóstolos tratado como pessoas comuns, tangíveis.  Nota-se que  no mobiliário há uma referência do gótico na cadeira da esquerda. Caravaggio costumava expressar em seus quadros situações bíblicas, dessa maneira “naturalista” isto é, através de personagens retratados como gente comum . Ele achava que a pintura só tinha importância se pintada com base na vida real. Os personagens mostram-nos uma importância, uma hierarquia de valores e interesse, conseguida através do destaque da diagonal conseguida com vários recursos da pintura e cenário que é bastante  simples.


Como ?
Há uma diagonal na composição descentralizada, que reforça a direção à Mateus tanto na luz quanto no gesto do dedo acusador .
A composição com agrupamento de corpos, típico do barroco, mostra um espaço entre os dois grupos de pessoas, diferenciadas através das vestimentas e de dois retângulos. Há um forte e tenso reforço através do gesto, direção dos olhares e cores para que olhemos para a parte escolhida como mais importante do quadro. As cores são usadas, por  vezes de maneira graduada e lisa, sem contorno dado por linhas (técnica chamada de esfumato) ou causando impacto pelo claro-escuro conseguido através das cores sombrias ou iluminadas num contraste nítido.
De extrema unidade, harmonia e intensidade, a obra de Caravaggio nos envolve na relação dos personagens dentro de um cenário que guarda em suas texturas as evidências de um ambiente áspero e real, porém sem muitos detalhes ou poucas referências como a janela e a cadeira.
Há um equilíbrio simétrico de massas se considerarmos o quadro dividido em quadrantes.
Caravaggio faz-nos sentir como se estivéssemos sentados em uma outra mesa do botequim, integrando-nos no ambiente acentuado pela perspectiva e  ponto de vista. O nosso olhar vai do gesto do apontamento de Jesus e percorre o quadro até o acusado.


Porquê ?
Caravaggio quis que a luz, cor e demais artifícios plásticos utilizados nos  mostrasse uma ação de espanto,surpresa, mistério e denúncia, bastante humanos e  que  parecesse um acontecimento corriqueiro, dentro de um botequim. Mas também nos dá referência sobre a santidade da cena, mesmo sendo bem discreta - a auréola de Jesus, mostrando um fato bíblico.
Talvez por ser barroco e rebelde, preferiu apelar para a fé dos espectadores (e também para a humanidade do espectador) mas de uma maneira peculiar e bastante cotidiana. Caravaggio não agradou muito na época com essa atitude estética de trazer temas religiosos a um plano terreno. Mas apesar de seu naturalismo genial foi muito requisitado para encomendas e imitado no estilo por vários pintores. Poucos porém se igualaram na grandeza, profundidade e sentimento a Caravaggio.

Pesquisa feita pelo aluno André Gustavo

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